Coronel Venâncio Alves de Moura

Venâncio Alves de Moura, Coronel da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, ingressou na corporação em 14 de março de 1974 como cadete e chegou á patente de coronel em 2002. Reformou-se em 2003 e atualmente atua junto ao Sindicato das empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro como Assessor de Segurança. Teve uma relevante carreira na área de segurança do estado, dentre as diversas áreas que atuou, foi oficial de 1978 á 1993 e comandante durante dois anos do Batalhão de Operações Especiais da Policia Militar (BOPE) e por três anos foi Diretor de Transporte do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Na função de Assessor de Segurança do Sindicarga tem como desafio a redução do índice do roubo de cargas. O coronel exemplifica como são tratados os delitos contra os transportadores e como a estrutura do combate ao roubo de cargas pode melhorar a segurança daqueles que fazem o país funcionar.

1- Quais os principais problemas(diretamente e indiretamente) relacionados á segurança que o setor enfrenta atualmente?

- Ausência de uma política de Segurança Pública voltada especificamente para o roubo e furto de cargas, haja vista que as metas do primeiro semestre de 2010 para a redução dos delitos considerados estratégicos pela Secretaria de Estado de Segurança são os homicídios dolosos, o latrocinio, o roubo de veículos e oi roubo de rua(coletivos, celular,traunsentes). Estabelecendo premiação aos policiais dos Batalhoes da PMERJ e Delegacias de Polícia Civil que reduzirem os referidos índices nas suas áreas integradas de Segurança Pública (AISP). Verifica-se que o roubo de cargas não mereceu destaque.

- A Delegacia de roubos e furtos de cargas além de estar excluida do sitema de metas para a redução de delitos , não é contemplada com efetivo, logística e infra-estrutura condizente com aquela especializada.

- Os receptadores de cargas roubadas raramente são identificados, presos ou condenados, pois não há um trabalho contínuo de investigação.

- Os Batalhões de Polícia Militar pouco contribuem para a prevenção e repressão ao roubo de cargas pois carecem de informações privilegiadas das ocorrências registradas.

2 – Quais as sugestões para erradicar esses problemas?

Acompanhamento da incidência criminal de registro de roubos de cargas para também alimentar os batalhões da PMRJ de informações necessárias para planejamento e implementação de policiamento preventivo e repressivo específico. Criação e implementação do “Disk Carga” para abertura de canal seguro de denúncias sobre pessoas envolvidas no roubo de cargas. Incluir a tipificação do roubo de cargas no sitema de metas de redução dos delitos considerados estratégicos pela secretaria do estado de segurança pública. Distribuição de cartilha aos transportadores de carga contendo orientações básicas de medidas preventivas contra o roubo, orientações gerais sobre ações a serem desencadeadas durante e após a ocorrência dos mesmos, além de informações sobre locais e horários de maior incidência.

3- Qual a importância do trabalho de assesoria de segurança e o que muda para o setor

A assessoria de segurança assume um papel relevante no combate ao roubo de cargas, acompanhando a “mancha criminal” e o “modus operandi” das quadrilhas e interagindo com as autoridades em seus diversos níveis, em prol da redução dos índices registrados.

4 – O que o Sindicarga está buscando?

Contribuir com os orgão de segurança pública na busca de soluções para reduzir o flagelo de roubo de cargas no Rio de Janeiro, através de parcerias permanentes e utilização efetiva da inteligência policial.